Com os melhores cumprimentos Centro Espírita do Infante.
Gotas de Luz
Jornal Bimestral do Centro Espírita do Infante
Temáticas abordadas neste número:
Editorial: VAMOS EVANGELIZAR-NOS
Dos espíritos: PERANTE NÓS MESMOS
Opinião: EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL
Artigos de revisão: CRESCER E SER FELIZ
Entrevista: ESPIRITISMO E PARAPSICOLOGIA
Atualidade: VIOLÊNCIA NO NAMORO
Em defesa da vida: VALE A PENA VIVER
Poema: EVANGELIZAR
Ano I * Número 6 * Julho – Agosto 2015
VAMOS EVANGELIZAR-NOS
Sabemos
que a intelectualidade sem amor nos conduz a abismos seculares e que o
sentimento desvairado pode nos aprisionar na ignorância e no fanatismo. Logo, a
educação, tanto para os fins da actual existência, quanto para as nossas metas
eternas, deve ter uma acção que desperte de maneira equilibrada e integrada
todas as forças da alma. A educação deve dirigir-se ao sentimento e à
inteligência, deve formar pessoas saudáveis do corpo e da alma.
"Ó espíritas! compreendei agora o grande
papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele
encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde
todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está
confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos
cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar
futuro." (E.S.E., cap. XIV, item 9).
Estas
palavras fazem-nos reflectir sobre o nosso papel como educadores na Terra e da
responsabilidade daí inerente, nelas é ressaltada a finalidade da educação que é ajudar o outro a evoluir, contribuir
para que o ser desenvolva na presente existência a sua perfectibilidade
possível, tendo em conta o estágio evolutivo em que se encontra. “Educar
é pois elevar, estimular a busca da perfeição, despertar a consciência,
facilitar o progresso do ser.” (Dora Incontri, A Educação Segundo o
Espiritismo).
A
criança é um ser com experiências seculares, com características individuais
que lhe são próprias, mas que estão momentaneamente adormecidas, porque a
reencarnação produz uma espécie de amnésia temporária no seu espírito.
O que facilita
a reformulação do seu carácter sob a influência do ambiente e da educação. Podemos
dizer que o desenvolvimento da criança é um processo que envolve a formação de
uma nova personalidade, associada ao despertar gradual da personalidade
espiritual condicionada pelo desenvolvimento biológico. Da interacção destes
aspectos vai resultar o homem adulto.
A par da educação no lar, da instrução na escola, a criança também
deve ser incentivada a frequentar a evangelização no centro, uma vez que as
lições do Evangelho fundamentadas na imortalidade, na reencarnação e na
evolução do Espírito, são elementos preciosos e vêm completar, e melhor
explicar as lições sublimes de Jesus, trazendo conhecimentos que a auxiliarão
no desenvolvimento das qualidades que existem dentro de si.
"O homem
evangelizado adquire compreensão e amor. A família iluminada conquista
entendimento e harmonia. A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.
A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem. (...) Do Evangelho
no lar, depende o aprimoramento do homem. Do homem edificado em Jesus Cristo
depende a melhoria e a redenção do mundo." (Emmanuel, Nosso Livro).
Vamos trazer toda a
família para frequentar o centro, as crianças e os jovens à evangelização, nós
às palestras, à assistência aos mais desvalidos e ao estudo nos cursos. Juntos,
estaremos a contribuir para um mundo melhor, a começar pelo nosso próprio lar.
Paula Amorim
PERANTE NÓS MESMOS
Vigiar as próprias manifestações, não se julgando indispensável e preferindo a autocrítica do autoelogio, recordando que o exemplo da humildade é a maior força para a transformação das criaturas.
Toda presunção evidencia afastamento
do Evangelho.
Agir de tal modo a não permitir, mesmo
indiretamente, atos que signifiquem profissionalismo religioso, quer no campo
da mediunidade, quer na direção de instituições, na redação de livros e
periódicos, em traduções e revisões, excursões e visitas, pregações e outras
quaisquer tarefas.
A exploração da fé anula os bons
sentimentos.
Render culto à amizade e à gentileza,
estendendo-as, quanto possível, aos companheiros e às organizações, mas sem
escravizar-se ao ponto de contrariar a própria verdade, em matéria de Doutrina,
para ser agradável aos outros.
O Espiritismo é caminho libertador.
Recusar várias funções simultâneas nos
campos social e doutrinário, para não se ver na contingência de prejudicar a
todas, compreendendo, ainda, que um pedido de demissão, em tarefa espírita,
quase sempre equivale a ausência lamentável.
O afastamento do dever é deserção.
Efetuar compromissos apenas no limite
das próprias possibilidades, buscando solver os encargos assumidos, inclusive
os relacionados com as simples contribuições e os auxílios periódicos às
instituições fraternais.
Palavra empenhada, lei no coração.
Libertar-se das cadeias mentais
oriundas do uso de talismãs e votos, pactos e apostas, artifícios e jogos de
qualquer natureza, enganosos e prescindíveis.
O espírita está informado de que o
acaso não existe.
Esquivar-se do uso de armas homicidas,
bem como do hábito de menosprezar o tempo com defesas pessoais, seja qual for o
processo em que se exprimam.
O servidor fiel da Doutrina possui, na
consciência tranquila, a fortaleza inatacável.
“Examinai-vos a vós mesmos, se
permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos.” — Paulo.
(II CORÍNTIOS, 13:5)
(CONDUTA MORAL, ANDRÉ LUIZ)
EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL
“Os nossos amigos
espirituais sempre nos ensinaram a considerar os Centros Espíritas como a
Escola mais importante de nossa alma, porque é no Templo Espírita que nós
recebemos de outros e podemos doar de nós mesmos os valores que servirão a cada
um de nós para a vida eterna [...]. Portanto, um Templo Espírita
é uma Universidade de formação espiritual para as criaturas humanas [...].”
(Francisco Cândido Xavier e
Emmanuel, Entrevistas, p. 114-115).
Nesta entrevista, Chico Xavier
recorda-nos o facto de a Terra ser uma escola... Uma escola onde as almas têm a
oportunidade de aprender e pôr em prática as aprendizagens realizadas durante a
passagem no Plano Espiritual. Pegando nesta comparação o nosso (re)encontro com
o Centro Espírita é como que a oportunidade de entrar numa Universidade, a
oportunidade de nos (re)formarmos espiritualmente.
Entretanto, quando adultos este é um
processo doloroso. Não estamos acostumados a olhar para o nosso interior, fomos
moldados pela cultura, pela educação, pelos exemplos que nos rodearam e que,
com certeza, nem sempre foram positivos. Por isso, este processo de “formação
espiritual” é realizado através de dores emocionais e espirituais que parecem
não ter fim de tão profundas que são. É então que, muitos de nós, gostaríamos
de poder voltar no tempo, ter oportunidade de conhecer tão belas verdades desde
tenra idade... Pensamos: “quanta dor teria evitado se soubesse mais cedo?” “Se
ao menos alguém me tivesse ensinado?”... Assim, desejamos (in)conscientemente
que nos tivessem apresentado Deus mais cedo, que nos tivessem ensinado que com
Jesus o fardo fica mais leve... desejamos ter tido a oportunidade de frequentar
uma escola de Evangelização Espírita Infantil, preparando, desde o berço, as
nossas almas para a Universidade de formação espiritual.
Além disso, várias obras espíritas narram
como são as escolas para as crianças no Plano Espiritual, as disciplinas e
materiais pedagógicos, bem como as dificuldades que algumas crianças têm em se
adaptar a essa nova realidade e todo o programa de preparação para uma nova
reencarnação. Portanto, a Evangelização Espírita Infantil é uma continuidade
desse processo, mantendo a criança envolvida espiritualmente e sintonizada com
aquelas que cuidam dela. Só assim é possível que a criança cresça saudável
física e espiritualmente, com fé no porvir e consciente de que tudo o que se
semeia será colhido. Allan Kardec lembra em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
que a infância é o momento mais oportuno para se limar as arestas (vícios e
maus pendores) que trazemos do passado.
Portanto, só através da educação cristã
desde a infância teremos seres humanos menos sofredores, pois a já referida
formação espiritual se fará gradualmente, sem angústias ou sofrimentos desnecessários,
e a humanidade crescerá fraternalmente.
Aqui, no Centro Espírita do Infante,
decorrem nos meses de Julho e Agosto as aulas especiais de verão, convidamos a
todos virem assistir e trazer os mais novos para que possam participar neste
clima de confraternização cheio de paz e muita alegria.
Maíra Diniz
CRESCER E SER FELIZ
Se para
os adultos, felicidade é a busca desenfreada dos bens materiais, para a criança
a visão é diferente. Dentro de sua inocência, a criança se contenta com pouco.
Para ela felicidade é ser livre dentro de sua vida infantil; é ter um lar, onde
a mãe esteja presente e um pai que, todos os dias, chegue do trabalho e possa
brincar com ela.
A
maioria dos pais só procura cuidar do corpo e do intelecto, como se esses
fossem os mais importantes, esquecendo-se de alimentar o espírito com as luzes
do Evangelho, para que este, que é imortal, possa melhor aproveitar a presente
oportunidade de evolução, errando menos, sendo melhor e mais útil a si próprio,
à família, à comunidade e à pátria, e como consequência, à própria humanidade,
de que ele é membro integrante, como cidadão do Universo. Quando falamos em
evangelizar a criança, não nos estamos referindo a levá-la somente à atividade
específica no templo religioso ou do Centro Espírita, e sim, desencadear todo
um processo de aproximação da mesma com o Evangelho de Jesus, como a sua
filosofia de vida. É óbvio que neste processo se inclui a vivência e o
comportamento cristão dos pais no lar, sem isso, nada ou muito pouco se
conseguirá.
Necessário
se faz que possamos, no campo da felicidade, aprender com as crianças, que se
mantidas, salvo poucas exceções, na simplicidade em que encaram a vida, se
sentem felizes com o pouco que ela oferece. Daí a recomendação evangélica:
“Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira alguma entrará
nele”. Os educadores que nunca atentaram para esta recomendação de Jesus,
precisam reavaliar a forma com que estão passando aos seus educandos, quer
sejam filhos, netos, alunos ou outros, o conceito de felicidade, porque somos
nós que, de um modo geral, complicamos a vida de nossas crianças, tornando-as
infelizes, como nós nos tornamos também, por insubordinação às leis divinas.
Desde
o Sermão Profético, proferido por Jesus e do Apocalipse de João, o Evangelista,
que a humanidade tem notícias que grandes transformações iriam ocorrer na Terra
e que a separação do joio e do trigo seria inevitável. Pelo exposto e ainda
pelas informações que temos recebido da Espiritualidade, podemos concluir que
esta transformação já teve início e que muitos dos espíritos que estão
desencarnando na Terra, aqui não mais aportarão. Estes, segundo o Codificador,
estão sendo substituídos por outros que “somente ao bem se dediquem”. Portanto,
cada espírito que está encarnado, nos dias atuais, já está fazendo parte da nova
geração a que se referiu Allan Kardec. Em vista disso, é imperioso que os pais
estejam atentos a este processo de transformação, contribuindo desta forma, com
sua parte, na regeneração da humanidade, pois esta poderá ser mais rápida ou
mais longa, em função do esforço que cada um, individualmente, fizer em
benefício da coletividade.
Se
ao Espiritismo cabe um papel importante no progresso da humanidade, aos pais
não cabe papel menor, pois estão recebendo em seus lares a matéria-prima básica
para a fase de regeneração. Se sonhamos com a Terra como um lar de felicidades
perenes para nossos filhos, e quem sabe, para nós mesmos, se tivermos o
merecimento de aqui retornamos, arregacemos as mangas e mãos á obra. Não
esperemos que essas transformações ocorram como um passe de mágica ou que os
homens se tornem bons de um momento para outro, através de um sopro. O que será
melhor: sermos construtores dessa nova geração, como co-autores na Obra da
Criação ou sermos, junto com aqueles que renascem em nossos lares, os soldados
“truculentos e indisciplinados” que para o bem da maioria serão expulsos deste
planeta? A opção é nossa, mas tem caráter de urgência.
Jorge Oliveira
(fonte: Lydienio Barreto de
Menezes, A Educação à Luz do Espiritismo, 4ª ed., pág.191-210)
ESPIRITISMO E PARAPSICOLOGIA
Estevão Pontes é advogado, pós graduado em Direito
Público e em Estatutos da consciência com enfâse na Parapsicologia. É autor de
diversos artigos jurídicos e sociais, bem como do livro “Células estaminais,
bebés proveta e Lei: onde há vida – uma análise legal, jurisprudencial e
científica parapsicológica”, disponível na internet.
Gotas
de Luz (GL): Uma das
coisas que me chamou a atenção para o seu livro é que concilia o Direito e
Espiritismo. Como acha que estas duas áreas têm convivido e como podem evoluir?
Dr.
Estêvão Pontes (EP): Na verdade meu livro enfoca Direito e
espiritualidade, esta última, fato da natureza como o são, a fotossíntese, o
oxigénio o nascer do sol dentre outros. O Espiritismo é um dos grupos que lida
com este fato da natureza espiritualidade.
Muitos
grupos trabalham de forma diferenciada com este reino da natureza que é o
espiritual e com os seres neles não só o Espiritismo: a Rosa Cruz, Umbanda,
Maçonaria, Candomblé, Gnose, Teosofia, grupos independentes, IIPC, pesquisadores
independentes.
O
Espiritismo é um destes grupos. A grande vantagem da humanidade está na
diversidade. Após esta explicação, digo que existem milhares de espécies de
seres vivos em outros níveis de frequência (plano espiritual), não só humanos desencarnados.
Se você começar a ver o plano espiritual como um reino da natureza, o que
realmente é, e que este reino interage com outros reinos mineral, vegetal e
animal, fica mais fácil a compreensão.
Pelas
nossas observações todos os reinos da natureza se interagem, portanto natural
que espiritualidade também interaja com os demais. Para se lidar com este reino
da natureza é preciso ter técnica (que significa saber oque está fazendo) e ter
ética (Amar).
Assim,
é você e o universo, não precisando de nenhum grupo para estudar este fato da
natureza. A natureza pertence a cada um de nós, pois fazemos parte dela.
Partindo deste esclarecimento inicial, esclareço que o fato da natureza
espiritualidade deve ser trabalhado junto com o Direito pois ambos fazem parte
da vida em sociedade.
GL: No entanto, no seu livro, o termo
“Espiritismo” é apenas referido 2 vezes. Remete sempre para a sua área, a
parapsicologia. Pode explicar um pouco do cruzamento destas áreas para leitores
que frequentam centros espíritas?
PE: A
Parapsicologia é ciência reconhecida pela “American Association for Advencment
of Science” desde 1969. Como qualquer ciência, ela estuda a natureza.
Espiritualidade (seres vivos em outro nível de frequência) pelas várias
comprovações que se somam demonstra-se fato da natureza. A grande pergunta que
a ciência deve fazer é: 1) como a natureza trabalha, 2) como o homem pode
interagir com a natureza. Para se ter comprovações deve-se: a) repetir a mesma
experiência em diversos locais do mundo e b) se obter os mesmos resultados.
A
Parapsicologia não tem intenção de afirmar doutrinas ou conceitos. Ela parte de
observações de como a natureza trabalha. O Espiritismo proposto por Kardec,
também tem essa intenção. Aí está o ponto positivo de ambas.
É
errado ver a obra de Kardec como algo santificado, parado. Deve-se questionar
sempre. Não se pode também usar conceitos do século XIX, como por exemplo
chamar o índio de “selvagem”. Este é um conceito do homem europeu do século
XIX, completamente ultrapassado pela antropologia do século XXI. Ver o índio
como selvagem é o que a cultura da época, no continente europeu aceitava e
Kardec e a obra eram frutos daquilo que a sociedade do seu local (Europa) e sua
época (séc. XIX) entendiam.
Se
Kardec estivesse aqui, ele como grande pesquisador, quereria que as pessoas
pesquisassem a natureza, comparando resultados, entrevistando pessoas,
duvidando, questionando.
O
problema é que alguns vêm pesquisa em espiritualidade como algo estanque com
uma mentalidade católica inconsciente de que não se pode duvidar, questionar e
que temos que santificar, pessoas, pesquisadores.
Na
parapsicologia se deve pesquisar, verificar resultado, publicá-lo e ver se
pessoas chegaram a um mesmo resultado para que então, possa verificar o fato da
natureza.
Quero
que as pessoas pesquisem este fato da natureza de diversas formas e não fiquem
com uma mentalidade católica medieval, vendo a obra de Kardec, como algo
santificado que não pode ser questionado. As pessoas verificando que há vários
grupos que lidam com este fato da natureza e não só o Espiritismo, podem ver
diferentes modos de lidar com isso e crescer como pessoa. Fiz isso a vida toda.
Não
é necessário também fazer apologia do Karma. Melhor falar em Amor do que em
Karma, melhor falar em construir positivo, do que falar em castigo como se
estivesse falando o conceito medieval inquisitorial de pecado, o movimento
espírita tem que se ater a isso. Por isso gosto da visão oriental que há um
Deus em cada um de nós e que não precisa-se ficar fazendo apologia da culpa
(pecado) e inferioridade.
A
Parapsicologia estuda os diversos grupos que lidam com este fato da natureza, o
Espiritismo e as centenas de outros, e as capacidades psi que são capacidades
inerentes a todo ser humano (telepatia, vidência, precognição, experiência fora
do corpo, etc)
GL: Durante muito tempo, pelo menos 4
tipos de células (tronco-embrionárias, germinais-embrionárias, tronco adultas,
e embrionárias de carcinoma) competiram pela atenção dos cientistas.
Desenvolvimentos recentes têm trazido algum otimismo à área, já para não falar
dos lucros financeiros astronómicos das empresas que promovem estas pesquisas.
Qual o seu balanço de toda esta excitação em torno das células-tronco tanto em
termos de progresso científico como do progresso moral da sociedade que recebe
esta possibilidade.
PE: Percebi
que quando saíram as primeiras informações sobre células tronco, havia muito
otimismo. Precisamos no entanto, ter esperança e fazer mais pesquisa pois, oque
se percebe é que as pesquisas estão em fase de teste em todo mundo. Houveram
resultados positivos como em um hospital em Porto Alegre – Rio Grande do Sul –
Brasil, onde conseguiu-se que uma moça com as mãos paralisadas voltasse a
mexê-las. Outras situações as pesquisas geraram tumores. Percebo que tudo está
em fase de testes ao redor do mundo e temos que ser otimistas. Devemos
desconfiar também de pessoas que neste momento prometem milagres com células
tronco, pois lamentavelmente há os que pensam em lucrar a qualquer custo. Por
isso diria a uma pessoa: se você tem uma paraplegia e quer ser objeto de testes
com células tronco, torço por você e espero que tudo dê certo, mas tenha
consciência que a ciência ainda está pesquisando.
GL: A fonte dos dilemas éticos na questão
das células-tronco está essencialmente na sua origem. Defende a teoria conceicionista,
ou seja, o embrião é apenas uma célula, pelo que pode ser usado para
investigação. Explica isso pelo facto do MOB não estar ainda associado ao
embrião. Mas como justifica que isso derrogue todo o estatuto moral do embrião
(como por exemplo muitos acharem que o embrião já é dotado de dignidade
humana)?
PE: O que a teoria conceicionista
diz, é que há vida a partir da conceção. Nas minhas pesquisas, a partir da
inserção no corpo da mulher no caso da reprodução assistida e relação sexual
natural.
É
justamente a partir deste ponto, de onde começa a vida, que comecei a pesquisa.
Queria saber se o MOB, (Modelo Organizador Biológico-ser extra físico que pensa
e sente e tem o corpo composto por átomos- espírito), já está ligado quando
está em laboratório congelado. Pelas minhas pesquisas, entrevistas, que fiz com
três sensitivos, esclareceram-me pelo que viram em outro nível de frequência,
que só há ligação, na reprodução assistida, após a inserção no corpo da mulher.
Assim
naquela célula em laboratório, não há vida, segundo minhas pesquisas. Quero que
mais pessoas pesquisem sobre isso. Quero gerar pesquisa.
As
reações daquela célula congelada são como de uma célula normal. Assim a
destruição da célula congelada em laboratório, para o espírito, é como a
destruição de uma roupa em seu guarda roupas, fazendo-se uma analogia simples,
sendo que ele pode vestir outro que demonstre melhores condições genéticas,
moleculares, etc. Não há ligação do espírito com embriões congelados, segundo
entrevistas que fiz.
GL: Como olha para a necessária
destruição de inúmeros embriões na investigação em células-tronco? Até agora
não existe nem fundamento científico nem necessidade prática de produzir
embriões in vitro ou por clonagem
para obter células-tronco.
PE: O
pesquisador japonês Shinya Yamanaka, conseguiu regredir células da pele até
conseguir que elas voltem a ser células tronco. Penso que no futuro não será
mais necessária a utilização de células tronco provindas de embriões, portanto.
Como
disse, se o embrião está em laboratório, não há ligação do espírito, só
ocorrendo após a inserção do mesmo no corpo da mulher, segundo minhas
entrevistas.
Desta
forma não precisará mais destruir embriões, estes se congelados, são apenas
células, não espíritos encarnados.
GL: O potencial das células-tronco
poderem gerar neurónios coloca-lhe desafios éticos e jurídicos?
PE: Se
as células-tronco ajudarem na regeneração neuronal será algo maravilhoso para
humanidade. Parkinson, Alzheimer, são doenças presentes hoje devido a má
alimentação, sedentarismo e outros fatores e, causam muita infelicidade ao
doente e aos que o circundam. Se nas células-tronco não há ninguém ligado que
se recente com sua destruição, penso que é positivo o seu uso, se ele se
mostrar eficaz para combater doenças neurológicas.
GL: Como deve o movimento espírita
abordar estes temas quer em palestras quer em cursos específicos?
PE:
Incentivando a pesquisa. Mas pesquisa não só em livros, mas irem a campo ver
como trabalha este fato da natureza espiritualidade. Entrevistando médiuns,
comparando respostas, pesando médiuns após sessões mediúnicas para ver se houve
perda de peso com ectoplasma ou se houve perda natural de peso por exemplo.
Acho que todo centro espírita deveria ter uma sala de pesquisa. Estas pesquisas
devem ser utilizadas para esclarecer, comprovar, discordar, criar massa crítica
e no que forem úteis para ajudar a sociedade.
GL: Como e porquê se interessou por este
tema?
PE: Fiz
a pós graduação em parapsicologia nas faculdades Espírita em Curitiba-PR.
Adorei. Durante o curso soube que tinha que fazer monografia para apresentá-la
ao final. Queria fazer pesquisa com fato da natureza, não queria repetir só o
que os livros dizem. Por isso saí a campo fazer entrevistas, que era o tipo de
pesquisa que estava a meu alcance. Foi na época em que o Supremo Tribunal
Federal, Corte Máxima do Brasil, estava decidindo onde haveria vida ou a partir
de quando haveria vida nos embriões congelados. Sabia das pesquisas de Hernâni
Guimarães Andrade e verifiquei que ele reuniu pesquisas que comprovavam que o
Espirito molda o feto junto com o DNA. A partir disso saí a campo pesquisar.
Hernâni é um grande pesquisador, daquele tipo que diz “adoraria se você discordasse
de mim, pois incuti em você a vontade de pesquisar a natureza. Vamos
descobrir?” e pessoa maravilhosa, como descrevem os que o conheceram encarnado.
Todos deveriam ler seus livros.
Mandei meu livro para vários locais do
mundo que me pediram, outros eu doei, inclusive Universidades, tribunais e
bibliotecas portuguesas e para países de língua portuguesa e outros. Espero que
nossos amigos portugueses pesquisem e concordem e discordem e critiquem meu
livro.
VIOLÊNCIA NO NAMORO
Sabemos que, desde há muito
tempo, a violência doméstica é uma realidade no nosso país, e em muitos outros
países. Já foi, em tempos, aceite como uma norma cultural, que a mulher era
propriedade do homem e, portanto, ele tinha todos os diretos sobre ela, e ela
todos os deveres para com ele. Mas sabemos que o nosso planeta está em
evolução, tal como a sociedade em que vivemos. E, por isso, é condenável hoje
em dia, pensar dessa forma, bem como agir em conformidade com os dogmas já
quase ancestrais.
Tendo em conta a liberdade
em que supostamente vivemos, a crescente luta pela igualdade entre géneros, bem
como o contínuo combate à violência, preocupou-me ler um artigo que passo a
citar “um em cada quatro jovens do Porto acredita que violência no namoro é
“normal”. Numa reportagem realizada pela estação de televisão pública, vemos os
jovens entrevistados dizer que conhecem casos, mas que não se metem nisso. A
célebre máxima de que “entre marido e mulher não se mete a colher”. Mas será
que devemos ficar assim tão pacíficos em relação a isto? A resposta é não!
A violência no namoro é um
crime público, enquadrado no crime de violência doméstica, pelo que devemos,
tendo conhecimento de qualquer ato desta natureza, imediatamente denunciar às
autoridades competentes, de forma a que o caso seja averiguado, e que não se
dissemine este pensamento e costume.
De que forma pode o
espiritismo contribuir para o combate a este tipo de atitudes?
Como vimos, o estudo que li,
falava sobre jovens. Jovens cuja idade média é de 13 anos. Portanto, devemos
começar desde as raízes. Sabemos que todos nós temos uma bagagem espiritual, e
dentro dessa bagagem vêm as nossas más inclinações. Sabemos, também, que até
aos 7 anos, o espírito está ainda meio adormecido, e portanto é mais fácil
moldar o caráter da criança, e que é nessa altura que se incutem os valores
morais que ficarão presentes para toda a vida. As aulas de evangelização
infantil ensinam às crianças os pricípios do amor ao próximo, da caridade e da
reforma íntima. Temos, em continuidade, um trabalho com o grupo de jovens, que
debate temas atuais, e que os orienta em conformidade com as leis divinas. Mas
nunca é tarde para mudar! E por isso os adultos podem estudar a doutrina e
ficar a saber que, quanto mais cedo lutarem para a sua melhoria interior, mais
cedo ganharão o grande troféu da perfeição, a nossa única fatalidade!
Tiago Sousa
VALE A PENA VIVER
"Despertarás,
além da noite carnal, com o património moral e os tesouros espirituais que
reunires no mundo, ou sem eles se te precipitares no fosso mentiroso da loucura
suicida." Joanna de Ângelis
Na questão 880 no
Livro dos Espíritos Kardec colocou: “Qual o primeiro de todos os direitos
naturais do homem?”
R: “O de viver. É
por isso que ninguém tem o direito de atentar contra a vida do semelhante ou
fazer qualquer coisa que possa comprometer a sua existência corpórea.”
Sendo o homem criação
divina em momento algum deverá romper o fio da vida, o suicídio é uma grave
infracção às leis de Deus, o nosso corpo é transitório mas necessário à nossa
evolução como seres imortais que somos, pelo que temos o dever, a obrigação, de
o valorizar preservando-o. No livro “O Céu e o inferno” temos: “O homem não tem o direito de dispor da
vida, porque esta lhe foi dada visando deveres a cumprir na Terra, razão
bastante para que não a abrevie voluntariamente, sob pretexto algum. Mas, ao
homem - visto que tem o seu livre arbítrio - ninguém impede a infracção dessa
lei. Sujeita-se, porém, às suas consequências.”
E suicida não é apenas
aquele que se auto aniquila num acto desesperado pondo fim à vida corpórea, é
também todo aquele que através de maus hábitos destrói pouco a pouco esse bem
precioso que lhe foi oferecido por Deus, como nos ensina Kardec: “O suicídio não consiste somente no acto
voluntário que produz a morte instantânea, mas em tudo quanto se faça
conscientemente para apressar a extinção das forças vitais.”
O espírito Caírbar Schutel
através da psicografia de Divaldo Franco, exemplifica: “Coléricos extremados são suicidas impenitentes. Ciumentos inveterados,
glutões renitentes, sexualistas descontrolados, ambiciosos incorrigíveis,
preguiçosos dissolutos, toxicómanos inconsequentes, alcoólicos insistentes,
covardes e melancólicos que cultivam as viciações do corpo e da mente,
escravizando-se às paixões aniquilantes em que se comprazem, são suicídios
lentos, caminhando para surpresas dolorosas, em que empenharão séculos de luta
punitiva e dor reparadora para a própria libertação, nos círculos das
reencarnações inferiores…"
Nós vivemos numa sociedade
em que prevalece o materialismo, em que o Homem se esforça para possuir sempre
mais não parando, na maioria das vezes, para pensar na consequência de seus
actos. Nessa corrida incessante para atingir o seu fim ele pode ganhar o mundo
mas perde muitas vezes o essencial a sua tranquilidade e a sua paz. Ao colocar
o seu coração na matéria, naquilo que quer possuir, sejam bens, títulos,
afectos, quando por qualquer razão que escapa ao seu domínio os perde,
desespera, deprime-se e muitas vezes suicida-se. Quem crê em Deus e na sua
justiça, sabe que nada lhe acontece por acaso, que nenhum fardo é superior às
suas forças, e que as dificuldades e as provações deste mundo são necessárias à
educação da sua alma, para a libertar do sentimento de culpa gerado por faltas
cometidas nesta ou em existências passadas, e mais feliz abraçar a eternidade
que o espera. Colhemos conforme semeamos.
A Terra dentro do Universo
imenso em que habitamos é uma pequena escola primária, onde nós, espíritos
jovens, começamos a nosso aprendizado da Espiritualidade. Quando renascemos na
Terra é-nos proporcionado o melhor enquadramento possível ao nosso crescimento,
às nossas necessidades de aprendizagem, cabe-nos, a cada um de nós, aproveitar
a oportunidade oferecida. "Dia chegará, se permaneceres na luta, em que
considerarás as dificuldades e aflições, que parecem superlativas, como
verdadeiras bagatelas de valor nenhum, que superaste para o próprio bem."
Joanna de Ângelis.
O nada é uma ilusão, a
morte não existe, nós somos espíritos indestrutíveis, imortais, em progresso
crescente, até atingirmos a perfeição. O suicídio, longe de ser a porta da
salvação, é o pórtico sombrio de inimagináveis torturas.
Paula Amorim
(Fontes: www.sosdepressão,
Textos extraídos: Martins Peralva, "O Pensamento de Emmanuel",
autoria de, 2ª ed. FEB, e Francisco Cândido Xavier, espírito Emmanuel, "O
Consolador” e “Caminho, Verdade e Vida”; Yvonne A. Pereira, Revista Reformador
de Março de 1964.; Divaldo P. Franco, Joanna de Ângelis: Revista Reformador nº
1910, Maio de 1988, página psicografada em 18-7-1987, no Centro Espírita
“Caminho da Redenção”, em Salvador, BA; "Após a Tempestade" e
"Luz viva”)
EVANGELIZAR
Evangelizar é ir ao encontro da Luz,
A Luz que nos mostra novos caminhos,
Que nos aponta novas direções
Que em cada dia renova nossas vidas,
Preenche de energia e dá novas vibrações.
Evangelizar é anunciar a Palavra de Jesus,
É fazer com que toda a humanidade veja a Luz,
Esta Luz chegue aos escaninhos mais escuros,
Do nosso Eu interior ao mais profundo da alma,
E assim a Nova Mensagem ilumina e dá calma.
É fermento que leveda o coração,
Que muda as nossas mentes e enche de Luz,
Remove e desfaz todas as trevas,
A um Mundo Novo nos atrai e conduz.
S. Paulo numa carta aos Coríntios*,
Este grande Evangelizador com carinho nos
diz:
(Ai de mim se eu não Evangelizar)
Doutor Romano; de Cristãos foi perseguidor,
Pelo Mestre Jesus foi convertido;
Fez um Novo Caminho; Foi o maior Evangelizador.
A vinda do Espirito Crístico ao Planeta
Terra,
O Mentor e Guia denominado de mestre Jesus
O Amor
espalha por toda a Terra,
E começa uma Nova Era.
A Era da Evangelização: O Amor, A Paz e A Luz
Ensinar esta Boa Nova a partir da conceção,
Evangelizar todos os bebés e todas as
crianças,
Os adolescentes, os jovens e os adultos também,
O Seu Evangelho foi uma nova Mensagem,
Renovou todo o Homem com uma nova Esperança.
Evangelizar é um dever a começar por cada um,
Primeiro evangelizar no Amor o nosso coração,
Preenchendo-o de novos fluídos e novas
vibrações,
Para que na mente de cada um haja boa
energização.
Evangelizar é levar O Amor A Caridade ao
nosso Irmão.
Graciosa Neves
(* Novo Testamento, Carta
de S. Paulo, Coríntios 1: 9-10.)